quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

CNP: Sua participação é fundamental!

Por Nara Lisiane Coqueiro

Resolvi escrever estas linhas através do incentivo de algumas colegas quando estávamos conversando sobre o CNP. À propósito, existem pessoas que tem verdadeira aversão à siglas, mas difícil mesmo é quando não sabemos nem o que dizem nem o que querem dizer...

Bem, o CNP (Congresso Nacional de Psicologia) é um momento especial onde os psicólogos podem dizer. E acontece da seguinte maneira: O CNP é a instância máxima de deliberação, responsável por estabelecer as diretrizes para atuação do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Psicologia no triênio subseqüente a sua realização. O CNP ocorre a cada 3 (três) anos. O próximo será em junho em Brasilia. É composto por delegados eleitos nos Congressos Regionais.

Aqui no RS já estão acontecendo os encontros preparatórios e os pré-congressos. Em Pelotas, teremos o pré-Congresso no dia 5 de março de 2010 (sexta-feira), a partir das 13:30h, na subsede do CRP. Neste encontro iremos debater e sugerir teses que serão levadas ao Congresso Regional.

Pode-se encontrar os eixos norteadores dos debates no site www.crp07.org.br. Portanto, teremos a oportunidade de participar e contribuir para a categoria de maneira assertiva.

Nesse sentido, espero ter colaborado para que meus colegas psi percebam a importância da sua participação e compareçam ao pré-congresso no dia 5 de março na subsede do CRP Pelotas.


Nara Lisiane de Oliveira Coqueiro é psicóloga e psicomotricista relacional.
CRP 07/17879. É também colaboradora do CRP - Subsede Pelotas
Contatos: (53) 9134-6871
naralisiane@yahoo.com.br ; naralisiane@hotmail.com.br

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Bullying: não deixa ele entrar

Por Liana Mendonça

O filme sueco “Deixa ela entrar” tem como protagonistas um menino de doze anos, Oskar, e uma menina com “mais ou menos” doze anos, Eli. Seria uma amizade e um amor como quaisquer outros, se ela não fosse uma vampira. Oskar sofre de bullying na escola, isto é, alguns meninos o ameaçam, debocham dele, enfim é um martírio que Oskar só consegue revidar a partir da relação com Eli. O filme é relativamente parado, porém a história é muito interessante e mostra com perfeição o sentimento de solidão.

Bullying é um problema grave nas escolas de todo o mundo, apesar de ele poder acontecer em qualquer outro ambiente. Crianças e adolescentes reproduzem discursos de ódio e preconceito ouvidos, assistidos, lidos no mundo adulto. Contra certas etnias, contra o corpo que foge do padrão eleito como ideal, contra roupas que vestem, contra um comportamento, enfim contra qualquer coisa vista como odiosa ou motivo de deboche e insulto, segundo a doente eleição dos bullies.

As vítimas do bullying sofrem muito, física e psicologicamente. Sentem medo, apreensão e nem sempre têm suporte para lidar com as repetidas ameaças. Muitas sofrem caladas, com vergonha do que lhes acontecem ou por medo de retaliação.

Há muitos “Oskars”, infelizmente, e nem sempre encontram “Elis” para lhes ajudar a se salvarem da violência e da solidão e terem suas vidas de volta.

Isabela Boscov fala sobre o filme: http://www.youtube.com/watch?v=7An_DCMjInQ

Liana Souto Corrêa de Mendonça é Psicóloga, Mestre em Ciências Sociais (UFPel).
CRP 07/12260
contato: liana.scorrea@gmail.com

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A Psicomotricidade Relacional e a prática educativa

Por Nara Lisiane Coqueiro

O corpo começou a ser objeto de estudo no séc. XX. Por volta de 1900. E. Dupré realizou trabalhos envolvendo a noção de Psicomotricidade, sob o ponto de vista neurológico-organicista. De lá prá cá, pontos de vista foram sendo descobertos e explorados.

A Psicomotricidade é abrangente e envolve ciências como a Psicologia, a Biologia, a Psicanálise, a Sociologia e tem como um de seus objetivos o indivíduo na sua totalidade, percebendo-se em relação com seu mundo interno e externo, num constante movimento e comunicação.

A Psicomotricidade Relacional foi criada há mais de 40 anos pelo francês André Lapierre(falecido em 2008) e atualmente é trabalhada em vários países. No Brasil, o curso de Formação Especializada em Psicomotricidade Relacional vinculado ao CIAR(centro Internacional de Análise Relacional), conta com a supervisão científica de Anne Lapierre.

A Psicomotricidade Relacional oferece um espaço de jogo espontâneo para que a criança possa manifestar seus desejos e necessidades, trabalha o corpo em relação com o mundo, através de uma significação simbólica.

“São as reações dos participantes que devem servir de guia, sua criatividade, seu interesse e desinteresse. Por outro lado, as regressões temporárias, os retornos à vivência afetiva, corporal e motora, são não somente permitidos, mas desejáveis.”

Dada à importância da ação psicomotora sobre a organização da formação da personalidade da criança, é indispensável um trabalho educativo que venha promover um melhor desenvolvimento de suas potencialidades. A Psicomotricidade Relacional pode contribuir de forma significativa, pois reconhece que as dificuldades relacionais trazidas pela criança no ambiente da escola, influenciarão na sua aprendizagem e tem como proposta trabalhar a espontaneidade da expressão de movimentos da criança, através do corpo, gestos, mímicas, sons, toque, tônus e da vivência simbólica a fim de potencializar a autonomia desta criança.

Observando estas considerações, a Psicomotricidade Relacional trará contribuições significativas para o desenvolvimento das crianças nos aspectos psíquico, afetivo, social e cognitivo, aliando-se à escola no trabalho por um indivíduo integrado.


Nara Lisiane de Oliveira Coqueiro é psicóloga e psicomotricista relacional.
CRP 07/17879

Contatos: (53) 9134-6871
naralisiane@yahoo.com.br ; naralisiane@hotmail.com.br

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O único pré-requisito é: estar morando, trabalhando ou ser estudante de psicologia em Pelotas.
Os colegas e leitores do blog aguardam seu material.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Para que serve a psicologia?


Já se foi o tempo em que todos pensavam: “Psicólogo é coisa para louco!”

Aliás, nem foi por causa da loucura que a Psicologia surgiu. Ciência relativamente nova (1879), foi regulamentada no Brasil em 1962, no dia 27 de agosto.

Hoje em dia, diz-se que a Psicologia é a ciência que estuda a mente e o comportamento humanos, mas eu diria que ainda assim essa resposta é incompleta, pois o vasto campo de atuação que os psicólogos conquistaram muitas vezes nem é percebido pela maioria das pessoas.

Atualmente, podem-se ver psicólogos que trabalham com equipes esportivas (Psicologia do Esporte); que trabalham em escolas dando suporte a toda estrutura (professores, direção, alunos  – P. Escolar); em empresas (P. Organizacional e do Trabalho) recrutando, entrevistando e selecionando novos colaboradores/funcionários, trabalhando com motivação e treinamento/ desenvolvimento de equipes e gestores; atuação junto a departamentos jurídicos (P. Jurídica) mediando conflitos e fazendo avaliações a pedido da justiça; junto a hospitais (P. Hospitalar), trabalhando com a equipe hospitalar e o próprio paciente e familiares; desenvolvendo trabalhos sociais (P. Social) nas comunidades; desenvolvendo trabalhos de propaganda (P. do Consumidor); e no consultório (P. Clínica) trabalhando com psicoterapia individual, com grupos, casais, idosos, crianças, gestantes e até bebês, entre outras áreas (como Pesquisa, Docência, Neuropsicologia, Psicooncologia etc).

Dentre todas essas, a mais conhecida de todos é a Psicologia Clínica, pois foi a primeira a se destacar no Brasil. Dentro da Clínica, trabalha-se com as mais diferentes questões, como crises existenciais (“não me entendo, queria me conhecer melhor”, “não estou feliz comigo”, “não consigo escolher uma faculdade”, “meu casamento vai mal”, entre outras), apoio em situações traumáticas (assaltos, morte etc), momentos especiais (preparação para aposentadoria, pré-natal, pós-parto) e até o aparecimento de doenças dos mais variados graus e intensidades como: ansiedade, depressão, distimia, estresse pós-traumático, transtorno obsessivo-compulsivo, esquizofrenia, transtorno bipolar, fobias, transtornos dissociativos etc.

Algumas doenças (como o transtorno bipolar, por exemplo) devem ser tratadas junto com o auxílio médico, pois há a necessidade de intervenção medicamentosa. Trocando em miúdos: psicólogo não dá remédio.

E funciona? –alguns perguntarão. E respondo: Sim! Funciona! E não é mágica.

Se não funcionasse, não existiriam tantos psicólogos tão bem pagos em empresas que os contratam para poder (entre outras coisas) entender melhor como lidar com seus funcionários e até com os clientes.

Costumo usar a seguinte analogia: o medicamento é a bengala – apóia, ajudar a seguir em frente, mas não cura; a psicoterapia é o gesso – esse sim trata, mas leva tempo, e muitas vezes coça. 

Isane Larrosa Cardoso D'Avila
CRP07/16092
isane.davila@hotmail.com