segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A Psicomotricidade Relacional e a prática educativa

Por Nara Lisiane Coqueiro

O corpo começou a ser objeto de estudo no séc. XX. Por volta de 1900. E. Dupré realizou trabalhos envolvendo a noção de Psicomotricidade, sob o ponto de vista neurológico-organicista. De lá prá cá, pontos de vista foram sendo descobertos e explorados.

A Psicomotricidade é abrangente e envolve ciências como a Psicologia, a Biologia, a Psicanálise, a Sociologia e tem como um de seus objetivos o indivíduo na sua totalidade, percebendo-se em relação com seu mundo interno e externo, num constante movimento e comunicação.

A Psicomotricidade Relacional foi criada há mais de 40 anos pelo francês André Lapierre(falecido em 2008) e atualmente é trabalhada em vários países. No Brasil, o curso de Formação Especializada em Psicomotricidade Relacional vinculado ao CIAR(centro Internacional de Análise Relacional), conta com a supervisão científica de Anne Lapierre.

A Psicomotricidade Relacional oferece um espaço de jogo espontâneo para que a criança possa manifestar seus desejos e necessidades, trabalha o corpo em relação com o mundo, através de uma significação simbólica.

“São as reações dos participantes que devem servir de guia, sua criatividade, seu interesse e desinteresse. Por outro lado, as regressões temporárias, os retornos à vivência afetiva, corporal e motora, são não somente permitidos, mas desejáveis.”

Dada à importância da ação psicomotora sobre a organização da formação da personalidade da criança, é indispensável um trabalho educativo que venha promover um melhor desenvolvimento de suas potencialidades. A Psicomotricidade Relacional pode contribuir de forma significativa, pois reconhece que as dificuldades relacionais trazidas pela criança no ambiente da escola, influenciarão na sua aprendizagem e tem como proposta trabalhar a espontaneidade da expressão de movimentos da criança, através do corpo, gestos, mímicas, sons, toque, tônus e da vivência simbólica a fim de potencializar a autonomia desta criança.

Observando estas considerações, a Psicomotricidade Relacional trará contribuições significativas para o desenvolvimento das crianças nos aspectos psíquico, afetivo, social e cognitivo, aliando-se à escola no trabalho por um indivíduo integrado.


Nara Lisiane de Oliveira Coqueiro é psicóloga e psicomotricista relacional.
CRP 07/17879

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5 comentários:

Anônimo disse...

Uma pedagoga pode ser psicomotricista e abrir sua sala de atendimento pedagógico?

Isane D'Avila disse...

Eu realmente não sei. Te diria para entrar em contato com o conselho de pedagocia e pedir informações a respeito.

Nara Lisiane disse...

Ola, uma pedagoga pode fazer o curso de psicomotricidade apos concluir sua graduação. Mas qt a sala, nao entendi a pergunta pq vc fala sala de atendimento pedagogico... Uma pedagoga pode trabalhar com aulas de reforço escolar em uma sala, por exemplo.

Anônimo disse...

sim, pois sendo a psicomotricidade uma ciência multidisciplinar, e sendo também, portanto, parte da Pedagogia, considera-se atendimento pedagógico também. O pedagogo não precisa abrir sala para reforço escolar; isso é professor particular. O pedagogo trabalha muito além disso. Minha dúvida se refere à competência legal para ser psicomotricista. O que é necessário?

nara lisiane disse...

Bem, para ser psicomotricista é necessario fazer especialização nesta area, no caso da psicomotricidade relacional é uma especialização q trabalha formação profissional e pessoal. tem a parte teórica e vivencial. Vc pode encontrar mais informações no iste www.ciar.com.br e desculpe se fui mal compreendida em relação a pergunta anterior.