Já se foi o tempo em que todos pensavam: “Psicólogo é coisa para louco!”
Aliás, nem foi por causa da loucura que a Psicologia surgiu. Ciência relativamente nova (1879), foi regulamentada no Brasil em 1962, no dia 27 de agosto.
Hoje em dia, diz-se que a Psicologia é a ciência que estuda a mente e o comportamento humanos, mas eu diria que ainda assim essa resposta é incompleta, pois o vasto campo de atuação que os psicólogos conquistaram muitas vezes nem é percebido pela maioria das pessoas.
Atualmente, podem-se ver psicólogos que trabalham com equipes esportivas (Psicologia do Esporte); que trabalham em escolas dando suporte a toda estrutura (professores, direção, alunos – P. Escolar); em empresas (P. Organizacional e do Trabalho) recrutando, entrevistando e selecionando novos colaboradores/funcionários, trabalhando com motivação e treinamento/ desenvolvimento de equipes e gestores; atuação junto a departamentos jurídicos (P. Jurídica) mediando conflitos e fazendo avaliações a pedido da justiça; junto a hospitais (P. Hospitalar), trabalhando com a equipe hospitalar e o próprio paciente e familiares; desenvolvendo trabalhos sociais (P. Social) nas comunidades; desenvolvendo trabalhos de propaganda (P. do Consumidor); e no consultório (P. Clínica) trabalhando com psicoterapia individual, com grupos, casais, idosos, crianças, gestantes e até bebês, entre outras áreas (como Pesquisa, Docência, Neuropsicologia, Psicooncologia etc).
Dentre todas essas, a mais conhecida de todos é a Psicologia Clínica, pois foi a primeira a se destacar no Brasil. Dentro da Clínica, trabalha-se com as mais diferentes questões, como crises existenciais (“não me entendo, queria me conhecer melhor”, “não estou feliz comigo”, “não consigo escolher uma faculdade”, “meu casamento vai mal”, entre outras), apoio em situações traumáticas (assaltos, morte etc), momentos especiais (preparação para aposentadoria, pré-natal, pós-parto) e até o aparecimento de doenças dos mais variados graus e intensidades como: ansiedade, depressão, distimia, estresse pós-traumático, transtorno obsessivo-compulsivo, esquizofrenia, transtorno bipolar, fobias, transtornos dissociativos etc.
Algumas doenças (como o transtorno bipolar, por exemplo) devem ser tratadas junto com o auxílio médico, pois há a necessidade de intervenção medicamentosa. Trocando em miúdos: psicólogo não dá remédio.
E funciona? –alguns perguntarão. E respondo: Sim! Funciona! E não é mágica.
Se não funcionasse, não existiriam tantos psicólogos tão bem pagos em empresas que os contratam para poder (entre outras coisas) entender melhor como lidar com seus funcionários e até com os clientes.
Costumo usar a seguinte analogia: o medicamento é a bengala – apóia, ajudar a seguir em frente, mas não cura; a psicoterapia é o gesso – esse sim trata, mas leva tempo, e muitas vezes coça.
Um comentário:
O que se vê hoje em dia é uma desinformação a esse respeito. "Como resolver questões íntimas em que conflitam corpo e mente, para se livrar da baixo estima e prevenir algumas patologias? Só um Psicólogo pode ajudar".
Gostei da postagem! Foi bem esclarecedora.
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